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quarta-feira, 3 de abril de 2013

A aposentadoria do Fenemê

FNM, em cena de quase 30 anos atrás: mascote do Porto de Santos (foto: site AlfaFNM)
De Curitiba

Temos sérias restrições ao xoque de jestão tucanodemo, mas as boas iniciativas devem ser ressaltadas e uma delas é o tal Renova SP, que financia a compra de veículos novos, por caminhoneiros autônomos.

Por enquanto, o programa é voltado aos transportadores do Porto de Santos. No final do último mês, os dez primeiros caminhões financiados pelo Renova SP foram entregues pelo governador Geraldo Alckmin.

O programa foi lançado em maio do ano passado e dois aspectos merecem elogios.

O primeiro é o público-alvo. O Renova SP não é voltado às empresas transportadoras, mas sim ao caminhoneiro microempreendedor individual, justamente aquele que tem maior dificuldade em acessar linhas de crédito, porque não dispõe de patrimônio, ou de renda estável.

O outro ponto: não há cobrança de juros. Com isso, o valor da prestação é a metade daquela de uma linha de crédito comum. O financiamento é da Desenvolve SP, agência estatal de fomento do Governo do Estado.

Segundo informações oficiais, o objetivo é tirar de circulação na Baixada Santista cerca de 1 mil caminhões com mais de 30 anos de fabricação. Com isso, diminuir a poluição do ar e acabar com os transtornos ao trânsito ocasionados pelas constantes quebras dos veículos velhos.

Só dá dó do seguinte: com a renovação da frota, a tendência é que desapareçam da paisagem santista os legendários Fenemês (FNMs), alguns circulando há meio século.

Os robustos caminhões são praticamente mascotes do Porto de Santos - e da cidade.

São, também, a memória de um tempo em que o Brasil chegou a ter, em sua indústria automobilística, um fabricante nacional de veículos – FNM, pra quem não sabe, é a sigla para “Fábrica Nacional de Motores”.

A FNM era uma estatal, criada no Governo Getúlio Vargas. Teve seu auge durante o Governo JK. Em 1968, foi privatizada pelo governo da ditadura militar. Em 1985, encerrou sua produção.

Este site, ao AlfaFNM, “resgata um pouco da história desse bravo caminhão, ilustrando-a com comentários, relatos, nostalgia e muitas, muitas fotos”, conforme descreve o texto de apresentação. Confere lá: http://alfafnm.com/

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