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segunda-feira, 1 de abril de 2013

Os contrastes da seca no Nordeste

O anoitecer é o acalanto e a esperança de que a natureza...

pode trazer a água para acabar com a seca (fotos: WAA)

De Curitiba

A presidenta Dilma Rousseff deve anunciar nesta terça-feira, dia 2, mais uma série medidas para minimizar os impactos da seca no Nordeste.

Dilma estará em Forteleza, conduzindo reunião do conselho deliberativo da Sudene, ao lado de governadores da região.

Estive neste final de semana no interior de Sergipe e, de fato, a paisagem impressiona pela escassez do verde.

Se a natureza não presenteia o sertanejo com a chuva, ao menos o sertão tem o privilégio de, nestes tempos, contar com o extraordinário pôr-do-Sol, seu inigualável luar e o estrelado céu como acalanto.

Uma dávida de cenário esse anoitecer...

Não basta, todavia.

O Nordeste precisa de ações humanas também - entre elas as governamentais.

As medidas a serem anunciadas nesta terça devem ser emergenciais, paliativas.

Somam-se a obras estruturantes, como a questionada transposição do Rio São Franciso e aos investimentos em infraestrutura empreendidos desde o Governo Lula e que, junto com os programas de transferência de renda, propiciam ao Nordeste um processo de crescimento econômico e desenvolvimento social nunca visto antes. 

Crescimento e desenvolvimento que, por sinal, têm amortecido os prejuízos da atual estiagem - apontada como uma das mais acentuadas dos últimos 50 anos. Fosse uma década atrás e esta seca provavelmente seria muito mais trágica. 

Um avanço, no entanto, ainda insuficiente. 

Precisa ser mais radical, isto é, ir à raiz

E a raiz é a questão latifundiária.

Fazer chover a sociedade não consegue, mas distribuir a terra e utilizar o chão para alimentar a gente, proteger o solo e conservar o ambiente, isso a sociedade sabe. É só enfrentar quem não quer.

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