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sábado, 31 de maio de 2014

A Globo fazendo mal ao basquete brasileiro

Paulistano e Flamengo disputam título neste sábado, no Rio
Por imposição da emissora, temporada 2013/2014 da NBB vai ser decidida num jogo só, privando uma das torcidas. Isso pode afugentar patrocinadores e clubes

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Postado de Curitiba

Paulistano e Flamengo disputam neste sábado, dia 31 de maio, o título da NBB, o campeonato brasileiro de basquete.

Assisti a algumas partidas e a competição foi espetacular. Bom nível técnico, ginásios lotados, resultados definidos nos últimos segundos.

A coroação de toda uma temporada será, no entanto, resumida a um único confronto entre os finalistas.

O mais justo, como historicamente se dá no basquete, no vôlei, no futsal, no handebol em qualquer lugar do mundo, são decisões em melhor de três ou cinco jogos.

Todavia, por imposição da Rede Globo, isso não vai ocorrer. A emissora só transmite a final se ela for disputada em partida única.

De imediato, pode parecer vantajoso para a Liga Nacional de Basquete, para o basquete brasileiro: ter a decisão da NBB transmitida ao vivo, para todo o país.

Dá visibilidade para o esporte, para o campeonato, para os clubes e patrocinadores que investem na modalidade.

Entretanto, num prazo maior, a subserviência às exigências da Globo mais prejudica que beneficia.

Afinal, todos os recursos - financeiros, materiais, logísticos e humanos - dos clubes e patrocinadores, toda uma temporada é decidida num único momento. O título pode escapar não porque a equipe não é a melhor, a merecedora, mas porque um vacilo pontual pode ser o suficiente para jogar tudo para o ralo.

Fora que uma das torcidas fica sem a possibilidade de assistir a uma das partidas decisivas em sua casa.

Com o tempo, quem vai querer apostar, gastar tanto num negócio desses?

Que credibilidade terá uma competição profissional decidida numa tacada só?

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