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segunda-feira, 12 de maio de 2014

#VaiTerCopa: falta um mês para o Mundial

Crédito da foto: Divulgação Governo Federal
Obras de mobilidade na zona do Itaquerão, em São Paulo
Brasil tem a obrigação de assumir favoritismo, apesar de a selação não ser a dos sonhos | Em tempo: não é a Copa do Mundo a culpada por nossas mazelas
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 Postado de Curitiba

Somos da geração que terá o privilégio de presenciar o Brasil sediando um dos maiores eventos do planeta, a Copa do Mundo.

Infelizmente, a disputa político-partidária tem ofuscado o brilho do momento. Parcela da sociedade e dos ditos formadores de opinião da grande mídia que têm ódio do PT não se conformam com o fato de a conquista da sede ter ocorrido no Governo Lula e a realização do evento, pelo Governo Dilma.

Assim, culpam o Mundial pelas mazelas do país, pondo lenha na fogueira da desinformação, porque nem a Copa é responsável pelos problemas, muito menos esses problemas são de agora. São históricos, crônicos.

Primeiro, a Copa do Mundo não é de Lula, nem de Dilma, tampouco do PT. A Copa do Mundo é do Brasil.

Evidente que a submissão aos interesses da Fifa é horripilante; é legítimo exigir mais respeito da entidade máxima do futebol aos interesses nacionais.

Mas os investimentos da Copa estão longe, muito longe, de sugar recursos da educação, saúde, segurança pública, agricultura familiar...

Dias atrás passou aqui na Sete de Setembro, em frente do prédio, meia-dúzia de manifestantes a gritar “não é mole não/a Copa é mais importante que a educação".

A indignação poderia ser melhor canalizada, porque esse jogo aí quem gosta é o establishment, o poder.

O que é "mais importante do que a educação" é a política econômica monetarista que o Brasil adota desde os anos 90, quando aderiu ao Consenso de Washington.

Resultado dessa política, só neste ano o Orçamento da União reserva R$ 654 bilhões para o chamado "refinanciamento da dívida pública", que na prática significa o dinheiro que é pago ao mercado financeiro pela compra dos títulos públicos. É o bolsa-banqueiro.

Os gastos com os preparativos para a Copa do Mundo, segundo os cálculos mais inflados da imprensa comercial, chegam a R$ 10 bilhões.

Ou seja, a política monetarista - que enche o cofre dos especuladores - consome 60 vezes mais recursos do que os investimentos para a Copa (que movimentam a construção civil, comércio, serviços, turismo - geram renda e emprego).

Desinformação, ingenuidade debitar da conta da Copa as deficiências da saúde, da educação, do transporte. Enquanto se brada contra a Copa, o Itaú, o Bradesco, o Santander, o HSBC e outros poderosos permanecem na moita a chupar o sangue dos brasileiros.

Ao futebol...

Perguntam-me o que acho da seleção de Felipão.

Diante do que ele já vinha experimentando, não tinha como fugir muito da convocação atual.

Mas gostaria de ver um time com mais atletas que atuem no Brasil, até porque, com exceção do Neymar, não vejo nenhum outro jogador tão acima da média daqueles que estão por aqui, nos nossos times.

Pelo contrário, a gente até tem aqui jogadores melhores que alguns desses "estrangeiros" convocados.

(Ou não temos goleiros em melhor fase que Júlio César? Quem dos covocados - exceto Neymar - tem mais qualidade que Ronaldinho Gaúcho, Ganso, Dedé, Arouca?)

Mais da metade desse plantel do Felipão a gente não viu, ou pouco viu, vestir a camisa dos nossos clubes. Isso deixa a seleção mais distante do torcedor; parece que o time que vai jogar em sua própria casa é um time de estranhos.

Alemanha e Argentina são os dois adversários mais fortes. No entanto, pela tradição, por jogar em casa, o Brasil tem a obrigação de assumir o favoritismo. Os torcedores do futebol, estaremos ao lado da seleção canarinho, tenhamos ou não divergências quanto aos convocados.

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