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sábado, 21 de junho de 2014

#BrizolaVive: dez anos sem um dos maiores nomes da história do Brasil

Edição especial da Caros Amigos é leitura imprescindível para entender nosso país
Só pela Campanha da Legalidade, Brizola já merece figurar entre os heróis da pátria. Mas o legado do ex-governador do RS e do RJ vai além.
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Postado de Santos

Se você não conhece a história de Leonel de Moura Brizola, ou as informações que têm a respeito vêm da Globo e outros veículos da mídia tradicional, sugiro ler o especial "10 anos sem Brizola", da Caros Amigos.

A edição da revista está nas bancas e custa R$ 10,90. Se alguém quiser emprestada, só pedir que empresto.

Só pela Legalidade - campanha que ele, então governador do Rio Grande do Sul, comandou, pelo rádio, sitiado no Palácio Piratini, em Porto Alegre, e que garantiu a posse de João Goulart em 1961 e impediu um golpe econômico-militar no país - Brizola já figuraria entre os heróis da pátria.

Mas o legado de Brizola vai além.

Neste sábado, 21 de junho de 2014, completam-se dez anos da morte de Brizola. Que faz falta, muita falta!

A seguir, reproduzo editorial do especial da Caros Amigos:

"Rever Leonel Brizola e seu legado político não é apenas questão de memória e história. Em um momento em que o Brasil conquista alguns avanços sociais, espremido entre o desejo progressista e a máquina conservadora, olhar para as ideias que o líder gaúcho defendia é um farol em meio às idas e vindas, com manobras e casuísmos, de um País cuja elite, agora tingida de neoliberal, renega o direito de ser uma nação soberana e socialmente justa.

Nunca se saberá se a reação ao golpe civil-militar de 1964 oferecida por Brizola – mas abortada com a desistência de João Goulart em lutar – poderia ou não ter dado outro rumo ao Brasil e qual. Mas certamente sua defesa por reforma agrária, educação e energia (sobretudo o petróleo e a Petrobras) teria sim levado o País a outro patamar entre as nações do mundo, sem o servilismo e as opressões imperialistas que ainda hoje amarram governos e subjugam interesses nacionais.

Capacidade não lhe faltaria, já que deixou exemplos de lutas e vitórias: seus governos no Rio Grande do Sul, quando nacionalizou empresas estadunidenses, criou mais de seis mil escolas e melhorou o transporte público; a Campanha da Legalidade, que garantiu a posse de Jango em 1961; a reação à ditadura com a Guerrilha do Caparaó e seus governos no Rio de Janeiro, que mostrou ao País que outro Brasil é possível - ainda que os governos cariocas posteriores tenham destruído sua obra.

Brizola não era deste ou daquele estado – aliás, foi o único a ser eleito governador e deputado por estados diferentes. Era uma liderança nacional, reconhecida internacionalmente, uma esperança para o povo pobre e despossuído que ainda tinha e tem na lembrança o nome de Getúlio Vargas e tudo o que este representou para os trabalhadores. 

Era, como diz em entrevista nesta edição especial a neta Juliana Brizola, um político que não tinha medo de assumir suas ideias e de enfrentar as forças que fossem, como fez toda a vida, até depois da abertura política, quando tornou-se uma pedra no sapato dos ex-ditadores e da elite golpista. 

Desse período, uma batalha emblemática foi contra o então dono da Rede Globo, Roberto Marinho, que não se cansava de desancar, manipular ou omitir ações de sua administração – depois de chamá-lo de "velho senil", Marinho teve que engolir um memorável direito de resposta em seu telejornal mais visto no Brasil.

Esta edição especial marca os 10 anos da morte de Brizola – seu legado, a vida de menino pobre, sua atuação na política. Mas sabemos que ele vive na alegria do samba, na miscigenação das raças, nos morros, nos pampas, na caatinga, nas marcas do povo brasileiro. Brizola veio deste povo, humilde e sofredor, e nunca o perdeu, como fazem outros políticos. Ele vive no "socialismo moreno" de Darcy Ribeiro que aqueles comprometidos com as boas causas ainda sonham construir
"

O QUE TRAZ O ESPECIAL "10 ANOS SEM BRIZOLA"

Legado - Adiós caudilho revolucionário. Por Gilberto Felisberto Vasconcellos

O Rio e o socialismo moreno. Por Lilian Primi

Brizola x Marinho - Uma rivalidade de mais de 50 anos. Por Mario Augusto Jakobskind

Entrevista - Juliana Brizola. Por Aray Nabuco

Resistência - O dia que a legalidade começou a ganhar. Por João Batista Cesar

Internacional - Um líder respeitado no exterior. Por Gabriela Allegrini

Iconografia - Brizola de todos os tempos

Legendas - Três letras no tabuleiro. Por Leandro Uchoas

Exílio -15 anos de desterro. Por Amanda Secco

Reação - Hasta la victoria, tchê! Por Leandro Uchoas

Início - A vida dura de garoto pobre. Por Fania Rodrigues

Cone Sul - Brizola, segundo Buenos Aires. Por Néstor Gorojovsky

Plantão Jornal Nacional. Direito de resposta

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