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quarta-feira, 6 de março de 2013

A notícia da partida de Chávez

De Curitiba

Passava um e outro minuto das 19 horas deste 5 de março quando entrei em sala de aula e saudei os alunos com um "buenas noches".

E em pensamento, continuei: "viva la revolución".

No exato instante, chegava mensagem no celular.

Só pude conferir minutos, quase uma hora depois, era o aviso da Mariana Gotardo: Hugo Chávez partira.

Outra mensagem estava na caixa de entrada, do Rodrigo Gava: "viva la revolución bolivariana".

No twitter, a confirmação oficial da notícia, as homenagens, a repercussão, a tentativa de conforto. "#ChávezVive", "morre o homem, mas não seus ideais", "Chávez é cada um dos venezuelanos na rua", expressavam, em síntese, os dizeres que tentavam amenizar o vazio e a dor da perda.

Evidente que a luta continua. Ou, como disse o professor Zeno Crocetti, a missão de Chávez não está completa, e com a sua partida mais do que nunca nos cabe dar sequência.

Mas que é difícil o consolo, é difícil.

Hugo Rafael Chávez Frías era - é, Chávez vive - a maior liderança a exercer uma função de comando, o grande comandante daqueles que pensam, buscam, querem, trabalham por uma sociedade mais justa, capaz de oferecer oportunidades - a mesma oportunidade, a todos. Daqueles que caminham por uma América Latina nuestra, soberana.

Dar-se conta da partida de Chávez, dar-se conta que essa referência, neste plano, neste mundo, aqui não estará mais, foi, é um baque. Sim, suas ideias frutificam, seu legado nos aponta o norte. Mas faz, fará falta sua palavra, suas decisões diante os desafios. Sua figura, faz, fará falta.

O argentino radicado na Venezuela Gustavo Dal Bo, dono do hostel onde me hospedei quando estive em Caracas em janeiro último, disse que o país está banhado por dois Rios Orinocos. Um, o caudaloso que conhecemos, de quase 3 mil quilômetros de extensão a cortar o território. O outro, o Orinoco de lágrimas, de tristeza e saudade, dos venezuelanos.

Lágrimas como as da estudante venezuelana Maria Alejandra Sanchéz, quem conheci nos dias em que estive em Caracas. "Chorei", contou ela pelo twitter, "chorei como não imaginas. Porém força, amor, paz, respeito, solidariedade e socialismo para seguir na batalha".

Pa'ĺante, pois. Viviremos y venceremos!

Postado por @waasantista

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Um comentário:

  1. Poucos conseguiam entender este grande homem.

    Jocelito Roseira Campos.

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